Mais uma vez, vemos o Tambaqui da Amazônia sendo associado de maneira indevida à Síndrome de Haff (Doença da Urina Preta). Diante disso, a Zaltana vem a público esclarecer o assunto e reforçar que isto não é verdade. Vamos aos fatos:
A esmagadora maioria (95%) do peixe produzido pelo Estado de Rondônia vêm de fazendas de cultivo. Deste modo, a cadeia de produção envolvida toma os cuidados necessários em termos de sanidade ambiental para garantir que pescados de qualidade cheguem à mesa do consumidor.
Deste modo, quem consome tambaqui cultivado pode ficar tranquilo com relação à saúde. Vale ressaltar a importância de que, como ocorre com qualquer item alimentício, faz toda a diferença que o consumidor saiba a origem do que está consumindo, para atestar sua qualidade.
Histórico da Doença
Ainda que seja rara, existem relatos dela de várias partes do mundo. No entanto, vale ressaltar que a mesma está associada principalmente ao consumo de pescado de água salgada, ainda que possa ocorrer em água salobra e doce.
Aqui no Brasil, existe um pequeno número de relatos na área médica de casos dessa doença associada ao consumo de peixes do mar (olho de boi, Seriola ssp.; badejo, Mycteroperca spp.) e também de espécies de água doce: pacu manteiga (Mylossoma spp), tambaqui (Colossoma macropomum) e pirapitinga (Piaractus brachypomus). Porém, todos os casos relatados apontam o consumo de peixes selvagens, capturados no ambiente natural, o que pode ser reforçado pelo fato de os relatos desaparecerem no período do defeso.
Para concluir, reforçamos que não existe o relato de sequer um caso associado ao consumo de peixes de cultivo de qualquer espécie.